terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Nonô e Naná

RESGATE Á MÚSICA RAIZ

Copie o link abaixo e baixe as músicas desta grande dupla sertaneja raiz:

http://www.garagemmp3.com.br/nono-e-nana



RELEASE
Alcides Felisbino Basílio (Nonô Basílio) nasceu em Formiga, no estado de Minas Geraos, no dia 22 de novembro de 1922 e faleceu em São Paulo/SP no dia 01 de julho de 1997. Filho de Joaquim Felisbino de Souza e Floripes Basílio de Souza.
Começou a compor com 16 anos de idade. Veio para São Paulo em 1950, mas antes residiu em São João Del Rei, Lamos e Rio de Janeiro.
O encontro com Naná (Maria de Lourdes Batista de Souza, nascida em Divinópolis, no estado de Minas Gerais, no dia 19 de agosto de 1934) ocorreu lá mesmo em Formiga, quando ela fazia teatro amador e Nonô formava dupla com seu irmão Dudu: era a dupla "Irmãos Basílio". Mas Naná surgiu em sua vida, casaram-se em 1953 e já no ano seguinte nascia o duo Nonô e Naná.
Foi com apenas 12 anos de idade que Alcides adotou o pseudônimo de Nonô Basílio e, nessa época, já se apresentava com os "Irmãos Azevedo", que faziam sucesso na emissora de rádio de Formiga. E Maria de Lourdes, a Naná, apresentava-se num teatro amador local, ao passo que Nonô cuidava da parte musical do mesmo.
Antes porém de formar a dupla com Naná, Nonô Basílio seguiu para São João D'el Rey/MG em 1946, onde estudou instrumentos de sopro na Corporação Musical Teófilo Otoni. Em seguida, Nonô seguiu para a capital paulista, onde tentou formar dupla com seu irmão Dudu Basílio que no entanto desistiu e decidiu retornar para Formiga.
Foi em 1950 que Nonô conheceu o trio "Luizinho, Limeira e Zezinha" na Rádio Tupi de São Paulo. E eles gravaram em 1951 o corrido "Cantando Sempre" (Nonô Basílio e Mauro Pires).
Nonô Basílio passou então a ter suas composições gravadas por Luizinho, Limeira e Zezinha, Palmeira e Biá e também Jeca Mineiro e Mineirinho.
E foi com Jeca Mineiro e Lúcio Sampaio que Nonô Basílio formou o Trio "Seresteiros do Sul" que se apresentou com sucesso na Rádio Cultura de São Paulo.
E, em 1953, celebrou-se o casamento de Alcides com Maria de Lourdes.
Desfeito o "Trio Seresteiros do Sul", Nonô voltou a se dedicar à sua antiga profissão que era a de alfaiate. Junto com Maria de Lourdes, costumava cantar nas horas vagas. Ela nunca teve a pretensão de ser cantora. Começaram a cantar de brincadeira. Quando Nonô ia mostrar as músicas dele para a dupla Cascatinha e Inhana, ele ensaiava antes com a esposa, e a levava junto pra apresentar a música.
Um dia, o Cascatinha falou pro Nonô que ele estava perdendo tempo, porque tinha uma mulher bonita e cantando bem. Porque então não faziam uma dupla? E daí passaram a ensaiar pra valer. Cascatinha, além de ter sido padrinho de casamento, foi também padrinho artístico de Nonô e Naná, porque foi ele que levou os dois para as primeiras gravações, os primeiros programas de rádio. Foi assim que nasceu a dupla "Nonô e Naná".
Seguiram-se diversas apresentações em festas, shows de caridade, clubes e salões e também apresentações na Rádio Emissora ABC de Santo André/SP e também no programa de Zacarias Mourão na Rádio Bandeirantes de São Paulo, além do programa de Blota Jr na Record.
Nonô e Naná gravaram o primeiro disco em 1957 na Todamérica, gravadora que era dirigida pelo Cascatinha. Também continuaram com as apresentações em circos e teatros das cidades do interior.
Ao longo da carreira gravaram um total de 09 discos de 78 rpm e 11 LP's. Em 1996, Nonô e Naná gravaram o último disco da dupla: "Nossa Última Lembrança". Por essa época, Naná apresentava problemas na voz (desde 1980). E Nonô Basílio faleceu no ano seguinte à gravação do CD.
Em 1971, Nonô e Naná participaram do filme "No Rancho Fundo", de Osvaldo de Oliveira.
Como compositor, Nonô Basílio é sem dúvida de fundamental importância para o nosso cancioneiro sertanejo; e um grande momento de sua carreira foi certamente o lançamento e o sucesso de “Mágoa de Boiadeiro”, que ele compôs em parceria com Índio Vago, gravada por vários intérpretes, como Pedro Bento e Zé da Estrada, Sérgio Reis, Ouro e Pinguinho entre outros.
Calcula-se que Nonô Basílio tenha mais de 1000 composições, às quais foram gravadas pelos mais variados artistas.
Foi compositor, cantor e diretor artístico, tendo trabalhado inclusive na apresentação do programa "Viola Minha Viola", da TV Cultura de São Paulo, em 1980, ao lado de Moraes Sarmento. Naná faleceu em janeiro de 2002.



Texto: Sandra Cristina Peripato

Perla (Paraguaya)

Copie o link abaixo e baixe as músicas dessa diva da música.

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RELEASE
Ermelinda Pedrozo Rodriguês D’Almeida, nasceu em 17 de março de 1951 no Paraguai. Filha de Pedro Pascual e Lídia.
Voz, talento, carisma e uma carreira de sucesso.
Voz Excepcional. Esse é o adjetivo para compreender o motivo que fez a cantora Perla vender 10 milhões de álbuns, ter 10 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo (Comienza Amanecer), estar cinco vezes em primeiro lugar na Bilboard Latina e ser convidada especial para o Festival de Viña del Mar, no Chile, entre outros trabalhos que fazem parte de sua carreira.
Paraguaia de nascimento - e com 30 anos de carreira no Brasil -, Perla, que já dividiu o palco com artistas como Paulinho da Viola, Roberto Carlos, Cauby Peixoto, Elizeth Cardoso, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Clara Nunes, já teve sua voz comparada por Nelson Rodrigues com cantoras como Ima Sumak, Edith Piaf e Ernna Sak.
Com 51 álbuns gravados e um público exigente (já tocou para Príncipe Charles, Rainha Elizabeth, Charles De Gaulle, Príncipe Phillipe, presidente do Paraguai, embaixadores e ministros), a cantora que em 1971 separou-se do grupo "Las Maravilhas del Paraguay", formado por seu pai e seus irmãos - todos músicos - não esperava que de suas apresentações no Rio de Janeiro fariam sua carreira decolar.
O CD “Nuestras Canciones” (versão em espanhol do "Nossas Canções"), com dez gravações inéditas -, gravado pela Marine Music e distribuido Pela MNF, é o seu último trabalho, visando não só o mercado Brasileiro, mas também o latino e internacional. Perla ainda canta grandes regravações com novos arranjos, como India, Recuerdos de Ypacarai e Comienza a amanecer.
Produto de uma mistura explosiva entre alemães, espanhóis e indígenas, além de sua voz, seu modo intimista e particular cativa seu público tanto no disco, como em suas apresentações.
Melhor do que falar de Perla é ouví-la. Uma coisa é certa: voz, carisma e talento ela têm.



PERLA

CONTATOS PARA SHOWS: (11) 4702-8400 / 7622-6898

SITE OFICIAL: www.perlaparaguaia.com.br

Tibagi e Miltinho

Copie e acesse o site para baixar as lindas músicas de TIBAGI E MILTINHO.

http://www.garagemmp3.com.br/tibagi-e-miltinho



RELEASE
Oscar Rosa, o Tibagi nasceu em São Paulo-SP no dia 30 de junho de 1927; e Hilton Rodrigues dos Santos, o Miltinho, nasceu em Goiânia-GO no dia 02 de maio de 1941.
Tibagi formou de início uma dupla com Zé Mariano: a dupla "Zé Mariano e Tibagi", que gravou na Colúmbia três discos 78 RPM, entre 1954 e 1956, com destaque para a toada "Santa Cruz Da Serra" (Benedito Seviero, Biguá e Teddy Vieira).
Logo depois, Tibagi formou dupla com Pirassununga, com quem gravou em 1959 na RGE um único disco 78 RPM (Nº 10.186) com o xote "Peão de Minas" (Zé Claudino e Anacleto Rosas Jr.) e a canção rancheira "Falsos Carinhos" (Benedito Seviero e Pirassununga). Lembrar que Pirassununga foi o primeiro nome artístico adotado pelo compositor Oswaldo Franco, que também adotou o nome artístico de Junqueira, até que, a partir de 1968, ele adotou o nome artístico de Dino Franco pelo qual é conhecido até os dias de hoje.
O nome artístico escolhido por Oscar Rosa foi em homenagem à cidade homônima no interior do estado do Paraná.
Hilton, por outro lado, estreou profissionalmente quando contava 17 anos de idade, com seu estilo romântico, interpretando músicas em castelhano, na Rádio Nacional de Brasília-DF, cidade que, como se sabe, teve sua construção iniciada 4 anos antes de sua inauguração em 1960. Formou duplas com diversos parceiros até 1959 quando se mudou para a capital paulista.
E foi em 1960 em São Paulo, que Tibagi e Miltinho se conheceram e formaram a nova dupla. No mesmo ano, Tibagi e Miltinho lançaram seu primeiro disco 78 RPM, pelo selo Sertanejo, com a guarânia "Sonho de Amor" (Benedito Seviero e Teddy Vieira) e a canção rancheira "Sem Teu Amor" ( Goiá e Comendador Biguá).
Em 1961, gravaram o tango "Taça da Saudade" (Miltinho e Benedito Seviero) e a rancheira "Amargura" (Miltinho, Benedito Seviero e Zeza Dias). No ano seguinte a dupla gravou a rancheira "Teu Casamento" (Salas e Sebastião Ferreira da Silva) e o huapango "Despedida" (Sebastião Víctor).
Tibagi e Miltinho também estão entre as principais duplas ligadas à renovação e à modernização da música sertaneja, tendo introduzido guitarras e orquestras em seus arranjos, sem no entanto ferir o estilo. E, juntamente com os precursores Pedro Bento e Zé da Estrada, a dupla também é considerada como grande pioneira da fusão dos estilos sertanejos do Brasil e do México, o que pode ser notado, por exemplo, na interpretação de "Passarinho do Peito Amarelo" (Gorrioncillo Pecho Amarillo) (Tomáz Mendez - Versão: Miltinho Rodrigues).
O estilo de Tibagi e Miltinho exerceu influência em várias outras duplas, dentre as quais, Belmonte e Amaraí, Léo Canhoto e Robertinho e Chitãozinho e Xororó.
Dentre seus diversos sucessos, merecem destaque "Cu Cu Ru Cu Cu Paloma" (Tomás Mendez), "Pombinha Branca" ("Vola Colomba") (C. Concina e B. Cherubini - Versão: Miltinho), "Noite Fria" (Miltinho e Orlando Gomes), "O Apito do Trem" (Miltinho Rodrigues e Benedito Seviero), "Lembranças de Amor" (Miltinho Rodrigues e Orlando Gomes), "Voltei Coxim" (Zacarias Mourão), "Pé de Cedro" (Zacarias Mourão) e "Céu de Mato Grosso" (Orlando Ribeiro e Dino Franco), apenas para citar algumas.
E, no ano de 1970, a dupla se separou e Tibagi passou a gravar com Amaraí (o mesmo que havia feito dupla com Belmonte). Miltinho por sua vez chegou a formar dupla com Belmonte e mais tarde seguiu carreira-solo com o nome artístico de Miltinho Rodrigues. Houve, portanto, a curiosa "troca total de duplas" entre Belmonte e Amaraí e "Tibagi e Miltinho" e foram gravados também alguns LPs pelas duplas "Belmonte e Miltinho" e "Tibagi e Amaraí".
Tibagi também formou dupla com Niltinho (Mauro Ozelim), sendo que a dupla "Tibagi e Niltinho" gravou 4 LP's entre 1967 e 1978. Alguns CD's de coletânea, lamentavelmente, contém erros gráficos que deixam dúvidas se a respectiva gravação foi feita pela dupla "Tibagi e Miltinho" ou "Tibagi e Niltinho".
Niltinho começou sua trajetória em São Sebastião do Paraíso-MG, cantando com o pedreiro Nino (naquela época as duplas se apresentavam na ZYA4 - Rádio Difusora Paraisense). Cantou também com um sobrinho dele, Toninho Fernandes. Depois ele gravou com outro artista paraisense, o Correto ("Silêncio de um Amor" era o nome do primeiro compacto duplo deles).
Maurinho foi então para São Paulo-SP, onde cantou com Tibagi durante alguns anos (Valdeci era o acordeonista da dupla Tibagi e Niltinho).
Houve uma época, em que Belmonte e Amaraí estavam separados e Maurinho fez vários shows com Belmonte e, quando estavam selando uma parceria para dupla, ocorreu o acidente com Belmonte."
Amaraí também fez vários shows com Maurinho (como era chamado). Maurinho gravou discos também com Amir (a dupla Amir e Maurinho) e Marcelo (irmão de Léo Canhoto e Robertinho - o sanfoneiro era o Paganini).
Maurinho faleceu aos 37 anos, em 1981, de infarto. Tinha uma vida de poucos cuidados com a saúde.
Dentre os diversos sucessos de Tibagi e Niltinho, merecem destaque "Saudade de Minha Terra" (Goiá e Belmonte), "Lágrimas de Quem Ama" (Roberto Stanganelli e Roberto Fioravanti), "Venci o Mal" (Roberto Stanganelli e Roberto Nunes), "Esquina do Adeus" (Goiá e Amir), "Beijinho Doce" (Nhô Pai), "Mágoas de Boiadeiro" (Índio Vago e Nonô Basílio), "Rosas Vermelhas Para a Moça Bonita" (Roberto Stanganelli e Italúcia), "Meu Passado" (Roberto Stanganelli e Rodolfo Vila), "Esqueça Coração" (Roberto Stanganelli e Roberto Nunes) e "Primeiro a Esposa Depois a Amante" (Roberto Stanganelli e Roberto Nunes), apenas para citar algumas.
Entre 1976 e 1978, por outro lado, Miltinho Rodrigues largou temporariamente a carreira artística e foi trabalhar como publicitário em Goiânia-GO, sua cidade natal. E, em 1979, foi convidado para algumas apresentações juntamente com o Trio Parada Dura, em circos, teatros e feiras diversas. Miltinho continua na estrada seguindo carreira-solo, relembrando principalmente os sucessos da dupla com Tibagi.
E, para confundir mais ainda as misturas de nomes de duplas, Miltinho Rodrigues formou uma dupla com Thivagy: A dupla "Miltinho Rodrigues e Thivagy" que gravou em 1995 o LP "Traço de Giz" (Nº 10.007) pela gravadora Sol Maior, com repertório que reúne outros estilos além do caipira raiz, com destaque para "Meus Tempos de Criança" (Ataulfo Alves), "Passarinho do Peito Amarelo" ("Gorrioncillo Pecho Amarillo") (Tomáz Mendez - Versão: Miltinho Rodrigues) e "Goiânia Querida Goiânia" (Miltinho Rodrigues), dentre outras.


Texto: Sandra Cristina Peripato